domingo, 27 de junho de 2010

Isso é PUC!



Há cerca de 4 meses atrás, tudo começava... Ou seria melhor dizer que recomeçava? Enfim, na minha terceira mudança de “sala de aula” e “colegas” da mesma em três anos (Colégio, cursinho e agora, faculdade), encarei a mais difícil delas, sem dúvidas. Com problemas que não cabem neste texto (não por serem muitos, mas pelo objetivo deste não ser falar de coisas negativas) entrei na PUC-SP, no curso de Jornalismo, sem conhecer praticamente ninguém (Com exceção da Feh, que já conhecia de outros tempos de colégio mas com quem nunca tinha mantido um contato tão próximo)...





Pois bem, veio o trote, do qual eu voltei mais louco que o Batman para casa em uma plena segunda-feira mas no qual, graças a amigos de outros cursos que eu tenho na faculdade, a única galera que eu não vi foi a de Jornalismo... Paciência...





Enfim, semana do trote, aula foi luxo. No único dia em que apareci na faculdade, não tive aula (Fato com o qual eu me acostumei nos meses seguintes). Semana seguinte, aulas quase todos os dias e comecei a conhecer – ao menos de fisionomia – as pessoas com as quais eu passaria os próximos 4 anos do curso. Primeiro, claro, aquela velha apresentação de “Luiz Henrique ou Luiz Novaes”. Ok, eu não sei porque eu me apresento assim para as pessoas afinal, o único local em que me chamam pelo nome é no meu trabalho (que não tem me feito bem nos últimos tempos, mas isto também não vem ao caso). Enfim, o tempo passou e ao fim do mês, como sempre, eu já havia decorado grande parte dos nomes das pessoas da sala. Ainda que não falasse abertamente com todas, como ainda não falo, eu já havia trocado, ao menos, um “boa noite” ou um “oi” com cada um deles. Foi nesse meio tempo, final de fevereiro e inicio de Março, que surgiu a oportunidade de eu mudar o período do curso, graças a uma oportunidade no trabalho. Pensei no assunto e decidi que iria fazer isto. Cheguei a verificar qual era a documentação necessária para isto e, quando comuniquei aos mais próximos minha decisão, minha surpresa. Sim, surpresa, pois não esperava que, em apenas um mês, míseros 30 dias, alguém pudesse chegar em mim e falar “Poxa, vc não pode trocar de horário... Fica com a gente”. É, bateu na mente esta frase. Pensei, repensei e, como não havia jeito até o momento, não pude dizer que continuaria com aquele pessoal que ainda era pequeno... Ainda bem que, por mais que eu não acredite em coisas como o destino, surgiu a oportunidade de eu não ter que trocar o horário da faculdade, mas ter que dormir apenas 4h por dia graças a uma mudança de horário do trabalho... Ok fui e pensei novamente no que faria e... Bem, não troquei de horário na PUC. E não me arrependo nem um pouco que seja da minha decisão. Os meses seguintes mostraram que ela foi correta. Claro que não decidi permanecer no noturno somente por causa das pessoas. Seria ridículo da minha parte dizer isto, visto que, ainda que eu já estivesse estudando com elas há um mês, ainda não tinha algo ali que me prendia como uma amizade me prenderia. Os conselhos de veteranos de que seria difícil conseguir um estágio estudando de manhã foi o que mais pesou na minha decisão, sem dúvidas. Mas, passado o semestre, vejo que muito provavelmente, eu seria um cara muito infeliz na Comfil de manhã... Ou melhor, não seria o “Preto”. E foi exatamente aí que tudo mudou...





Preto, meu apelido há alguns anos, maneira como sou conhecido por meus Amigos (Sim, com letra maiúscula, eles merecem) foi a palavra que mudou o meu pensamento no curso. Daquele cara mais revoltado e fechado do começo para um cara um pouco mais brincalhão no resto do semestre. Mais extrovertido, comecei a falar com cada vez mais gente e visar as coisas maravilhosas que a galera poderia me reservar e poderíamos viver juntos... Preto, ta aí, sendo chamado assim eu me sinto bem, comecei a me sentir parte daquilo tudo que estava acontecendo à minha volta! E comecei a viver isto!



Sempre ouvi de muitas pessoas que a faculdade seria a melhor fase da minha vida, como é de quase todo mundo. Bom, pode até ser. Mas eu joguei um mês dessa fase no lixo, com pensamentos loucos e sem sentido. Resolvi recupera-los...



Do mês de março para frente, decidi que iria aproveitar o lugar e as pessoas com as quais passei a conviver quase que todas as noites... Foi quando a “amizade”, por quê não, começou a apresentar seus primeiros sintomas nesse curto período universitário. Surgiram as festas (ainda que eu tenha perdido a primeira delas por besteira) e uma maior liberdade minha para com os outros colegas... Ah, e isto me fez bem. Acredito que, de todos, apenas a Feh saiba o que eu realmente passei para continua nesta faculdade e que, se tem alguém que, além de mim, sabe o quanto meu pensamento mudou neste tempo... Não só com relação aos outros, mas comigo mesmo também.



Esta minha mudança de atitude fez com que eu vivesse, ou melhor, revivesse os meus melhores dias no cursinho e no colégio dentro da faculdade. Descobri que a PUC poderia ser tudo aquilo que eu esperava e até mais. Passaram-se mais alguns meses e, pulando parte do que aconteceu, não posso deixar de citar o #JUCA2010. A viagem em que grande parte da sala esteve presente e onde eu me aproximei mais ainda de algumas pessoas. Passar perrengue 4 dias com seus amigos, longe de casa, levantando, comendo e dormindo juntos, sempre com intervalos reservados para o álcool, foi sensacional! Sabia que, mesmo com o Juca sendo em junho e sendo algo totalmente diferente do rito vivido por todos em São Paulo, o que aconteceu lá não morreria por causa de uma distancia de 270km entre São Paulo e Araraquara. Semana seguinte, ficou mais do que claro que aquela “vibe positiva” daquele alojamento não tinha acabado. E foi assim até o fim do semestre. Como nem tudo é festa, fim deste mês tive um novo drama por causa da faculdade, dúvida se continuaria ou não... Mas, agora, não era apenas o curso que me segurava na PUC-SP... Me senti mal apenas em pensar na idéia de abandonar, ainda que momentaneamente, as pessoas que me fizeram bem durante esta primeira metade do ano. Senti que se fizesse isto, estaria jogando um “trabalho” que não percebi que realizei no lixo. E, como alguns amigos de outros lugares me disseram, eu sempre consegui o que eu quis. Por que eu teria que trancar a faculdade neste momento, se ela é a única coisa que me faz bem?



É... Para a minha felicidade, deu tudo certo... E, adivinhem? Vão ter que me engolir pelos próximos 3 anos e meio! Paciência...



Ainda que o texto tenha ficado longo (e eu sei que ficou), vai aqui,, agora que estamos oficialmente de férias, o meu Muito obrigado a vocês por esses primeiros meses que passamos juntos. Sem vocês, que recebem este e-mail, o Preto nunca deixaria de ter sido o Luiz Novaes e o meu esforço em continuar dormindo nos cantos da faculdade (?!) não teria sido o mesmo. Valeu gente, mesmo!

Um abraço/beijo,

Luiz Novaes, o Preto!